Você sabe o que é breadcrumbing? Infelizmente, muitas pessoas muitas vezes não percebem que estão gradualmente se aproximando de uma situação que eventualmente lhes causará dor e tristeza.

Provavelmente você já ouviu falar e até pior, já experimentou o ghosting e o gaslighting, dois termos populares dos nossos dias que, gostemos ou não, são quase inteiramente baseados nas redes sociais.

Agora, no meio desse jogo dos termos que tentam explicar uma situação, está o breadcrumbing. Mas, antes de falarmos sobre o breadcrumbing, vamos explicar o que são os outros dois termos mencionados acima.

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Ghosting

O ghosting é uma prática em que uma pessoa abruptamente interrompe toda comunicação e contato com outra, sem qualquer aviso ou explicação. Isso geralmente ocorre em relacionamentos românticos ou amizades, onde a pessoa que pratica o ghosting simplesmente desaparece, ignorando mensagens e chamadas, deixando a outra pessoa sem respostas e sem entender o motivo do rompimento. Assim, essa atitude pode causar grande desconforto emocional e confusão para quem é deixado para trás, pois fica sem entedimento ou compreensão sobre o que aconteceu.

Gaslighting

Essa é uma forma de manipulação psicológica em que uma pessoa faz a outra duvidar de sua própria percepção, memória ou sanidade. Dessa forma, o manipulador distorce a realidade, nega fatos ou situações, e apresenta informações falsas, fazendo com que a vítima questione a própria mente e sinta-se confusa e insegura.

Esse comportamento é frequentemente usado para obter controle e poder sobre a vítima, levando-a a depender mais do manipulador para validação e orientação sobre o que é real ou não.

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Breadcrumbing

De acordo com Kelly Campbell, professora da Universidade da Califórnia, o breadcrumbing “significa levar alguém a um relacionamento romântico usando meios online (pense em redes sociais ou mensagens de texto) para manter o interesse de alguém em você, mesmo que você nunca pretenda se envolver romanticamente com essa pessoa”.

O breadcrumbing é uma forma de flerte, mas nada comprometedor, pois é feito para atrair um parceiro romântico sem fazer muito esforço. Em outras palavras, é uma tática emocional de manipulação que visa tornar alguém dependente de você ou vice-versa, dependendo da dinâmica do relacionamento.

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Os sinais de que alguém está usando flerte breadcrumbing

Como mencionado acima, várias pessoas muitas vezes não sabem que estão gradualmente se aproximando de uma situação que trará dor e tristeza. Você mesmo pode ter se encontrado em uma posição semelhante. E, se não, Campbell aponta os quatro sinais que você deve observar para manter distância.

1. A pessoa de seu interesse investe menos do que você para ficarem juntos. Eles fazem planos com você, mas os cancelam ou não aparecem e parecem estar sempre muito ocupados. Eles também podem desaparecer por algum tempo.

2. Você nunca sabe em que ponto o relacionamento de você está. Segundo Campbell, os breadcrumbers não são consistentes, mas imprevisíveis na demonstração de interesse por você.

3. Eles parecem calorosos com você, mas depois ficam frios. Por exemplo, demoram muito para responder às suas mensagens, como Campbell cita esse exemplo de comportamento.

4. Você não consegue entender ou explicar as ações deles. Muitas vezes você fica confuso ou desapontado após a interação com eles, conclui Campbell.

O que leva alguém ao breadcrumbing

De acordo com Campbell, embora os motivos por trás do breadcrumbing possam variar de pessoa para pessoa, as pessoas geralmente praticam isso com os outros porque sua autoestima é afetada pela quantidade de atenção que conseguem garantir. Ela também explica que “quanto mais interesse dos outros eles mantêm, melhor se sentem consigo mesmos”.

Além disso, são frequentemente pessoas que precisam de confirmação constante, pois não se sentem confortáveis ou confiantes se não tiverem confirmação contínua dos outros de que valem a pena ou são valiosas.

“Muitas vezes, essas pessoas têm uma personalidade caracterizada por narcisismo, bem como uma abordagem lúdica e superficial aos relacionamentos”, observa Campbell. “Eles não se sentem culpados por manipular os outros e brincar com os sentimentos das pessoas”.