Os animaizinhos estão aí para tornar as nossas vidas mais felizes e são sempre bem-vindos, certo? Bem, não exatamente! Pelo menos isso parece não se aplicar a uma nova raça que está gerando a maior polêmica na interne, o Bully Cat.

O Bully Cat é uma raça felina relativamente nova, criada artificialmente a partir da raça Sphynx. Além disso, ele tem algumas características um pouco peculiares. Por exemplo, pernas curtas, pele excessivamente enrugada e ausência completa de pelos. Porém, essas mesmas características, que podem parecer exóticas ou atraentes para alguns, estão dando o que falar e gerando uma grande polêmica envolvendo defensores dos direitos dos animais e especialistas em bem-estar animal. Entenda mais a seguir.

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Como surgiu o Bully Cat?

Essa raça surgiu nos Estados Unidos, seguindo uma tendência que visa criar animais com características físicas exageradas. Porém, muitas vezes isso acontece em detrimento da saúde e do bem-estar dos animais. Assim, a raça foi criada através da seleção deliberada de mutações genéticas que resultaram em um gato com aparência única, mas que também enfrenta uma série de problemas de saúde debilitantes.

Os seus criadores focaram em atributos estéticos, como a pele enrugada e as pernas curtas, que resultam de uma condição conhecida como nanismo. Acontece que essas características, na verdade, trazem também desafios significativos para os gatos, incluindo dificuldades de mobilidade, problemas nas articulações e infecções de pele frequentes devido às dobras excessivas​.

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Por que o Bully Cat está gerando polêmica?

Bem, até aqui você já deve ter percebido o motivo para tanta polêmica e isso é compreensível. Dessa forma, a polêmica em torno do Bully Cat decorre principalmente dos problemas de saúde graves que esses gatos enfrentam.

Os especialistas e organizações de bem -estar animal como a Royal Society para a prevenção da crueldade com os animais (RSPCA) e a NatureWatch Foundation levantaram sérias preocupações com o desenvolvimento desta raça. Segundo eles, essa raça exemplifica como a busca de uma estética específica pode resultar em crueldade contra os animais.

Vale ressaltar que, devido à sua falta de pelos, esses felinos enfrentam riscos mais altos de queimaduras solares e câncer de pele. Além disso, as pernas curtas, juntamente com dobras de pele excessivas, inibem o movimento e aumentam as chances de desenvolver infecções de pele. De fato, a comprovação desse problema é sua estreita semelhança com raças de cães, como buldogues, onde atributos físicos exagerados reduzem a qualidade de vida e a vida útil dos pets envolvidos。

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Onde o Bully Cat é comum?

A popularidade do Bully Cat tem crescido, especialmente nos Estados Unidos, onde a raça foi inicialmente desenvolvida. No entanto, a raça também já está ficando famosa em outros países.

As redes sociais são, em sua maioria, as culpadas. Nesse sentido, as imagens desses bichos são utilizadas em redes sociais a fim de reforçar a excentricidade da raça. Por isso, os especialistas temem que a procura por tais felinos cresça e faça com que aumente ainda mais a criação inconsequente e a dor desses animais.

Por isso, diante dessa situação difícil, os experts aconselham que as pessoas deixem de apoiar criadores e vendedores desse tipo de animal. Além disso, as entidades que defendem o interesse e bem-estar dos seres vivos sugerem a quem quiser ter um gato que adote um deles através de abrigos cuja missão é proporcionar-lhes bem-estar e não beleza.

Sem contar que os consumidores precisam pensar no que significa eticamente comprar raças cujas virtudes estéticas substituem a sua saúde. De qualquer forma, aumentar a conscientização do público sobre os perigos relacionados a essas raças extremas é essencial para mudar essa situação.

Outros animais que passaram por situações semelhantes

Porém, engana-se quem pensa que a questão enfrentada pelo Bully Cat é única no mundo animal. Isso porque, outras raças, tanto de gatos quanto de cães, já passaram por situações semelhantes. Por exemplo, o Bulldog Inglês, uma raça de cão que também foi desenvolvida com características físicas extremas, como o focinho achatado e a pele enrugada. Porém, essas características levaram a problemas respiratórios crônicos, dificuldades de parto natural e outras complicações de saúde.

Outro exemplo é o do gato Persa, uma raça conhecida por seu rosto achatado, que, assim como o Bulldog, sofre de problemas respiratórios devido à sua conformação facial. Essas raças enfrentam uma vida de cuidados médicos constantes e, em muitos casos, uma qualidade de vida reduzida.

Ou seja, até que ponto a questão estética vale a pena?

A situação desses animais levanta questões éticas importantes sobre até que ponto os seres humanos devem interferir na genética de outras espécies para satisfazer desejos estéticos. A criação responsável, que prioriza a saúde e o bem-estar dos animais, é essencial para garantir que não continuemos a causar sofrimento desnecessário a esses animaizinhos que tanto nos amam.