Você sabia? Veja incríveis técnicas médicas dos egípcios antigos

O que seria de todos nós sem a medicina? E mais, o que seria da medicina sem as civilizações antigas que tanto fizeram pela ciência e pela saúde, mesmo com os poucos recursos que tinham? Uma dessas civilizações foi a egípcia. Mas, quais são as práticas do Egito antigo que ainda usamos na medicina?
A civilização egípcia, que floresceu por mais de três mil anos antes de Cristo, desenvolveu uma rica tradição médica que influenciou profundamente a prática médica ao longo dos séculos. Inclusive, muitas técnicas e conhecimentos dos antigos egípcios são reconhecidos como precursores de práticas médicas modernas, destacando a importância de sua contribuição para a medicina. Claro, com algumas adaptações e aplicações da tecnologia moderna. Portanto, veja essas curiosidades a seguir!
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As origens da Medicina do Egito Antigo
No Egito Antigo, a medicina se associava profundamente com a magia e a religião. Assim, acreditava-se que os deuses enviavam as doenças como uma forma de castigo ou que espíritos malignos as causavam malignos. Então, era necessário expulsar esses espíritos por meio de rituais e feitiços. No entanto, o que muitos não sabem é que, paralelamente a essas crenças espirituais, existia uma medicina prática e científica que demonstrava um notável grau de sofisticação para a época.
Isso mesmo! Por exemplo, os egípcios antigos aprenderam muito sobre a anatomia humana graças à prática da mumificação. Esse conhecimento anatômico permitiu que realizassem cirurgias, tratassem fraturas e desenvolvessem próteses. Para quem não sabe, a técnica de mumificação envolvia a remoção de alguns órgãos e, além de preservar os corpos para a vida após a morte, oferecia aos egípcios a oportunidade de estudar o corpo humano. Além de ser possível, por meio dela, associar partes específicas a determinadas doenças.
Isso pode te lembrar um pouco o que seria a autopsia e a necropsia de hoje em dia e, faz sentido! Mas, quais as principais práticas médicas do Egito antigo que moldaram a medicina atual?
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Práticas da Medicina no Egito Antigo que sobrevivem até hoje
1. Cirurgia e tratamento de fraturas
A habilidade cirúrgica dos egípcios incluía a capacidade de tratar fraturas e realizar amputações. Inclusive, evidências de cirurgias bem-sucedidas, como a perfuração de crânios para aliviar pressão intracraniana, foram encontradas em múmias. Eles tinham até mesmo os seus próprios instrumentos específicos. Inclusive, os egípcios utilizavam instrumentos cirúrgicos sofisticados para a época, como pinças, bisturis e serras, muitos dos quais são similares aos usados hoje.
2. Dentística e tratamentos dentários
Ok, essa parte já entra na prática odontológica, mas não deixa de ser extremamente importante. Devido à presença de areia nos alimentos, os egípcios antigos enfrentavam muitos problemas dentários. Então, eles desenvolveram técnicas para tratar dentes danificados, incluindo o uso de resinas e mel, que possui propriedades antissépticas, para preencher cavidades e aliviar a dor. O Papiro Ebers, um dos tratados médicos mais antigos, contém várias receitas para tratar problemas dentários, muitas das quais envolviam ingredientes naturais como cominho e incenso.
3. Próteses
A invenção e uso de próteses é outra prática que remonta ao Egito Antigo. Os egípcios criaram próteses não só para fins funcionais, mas também para garantir que os corpos dos mortos estivessem completos para a vida após a morte. Além disso, um exemplo famoso é a prótese de dedo encontrada em uma múmia feminina, que é a mais antiga conhecida.
4. Circuncisão
A circuncisão era uma prática comum no Egito Antigo, realizada por razões médicas e rituais. Esta prática tem continuidade em várias culturas e religiões ao redor do mundo até hoje.
5. Sistema médico estruturado
Você sabia que o Egito Antigo possuía um sistema médico organizado, com médicos especializados treinados em instituições dedicadas? Eles registravam doenças e tratamentos em manuais médicos, como o Papiro Ebers, que detalha mais de 700 remédios e fórmulas mágicas. Dessa forma, este nível de organização e documentação ajudou a preservar o conhecimento médico e a transmiti-lo através das gerações.
6. Higiene e saúde pública
Os egípcios antigos valorizavam a higiene e tinham práticas de saúde pública avançadas para a época. A limpeza do corpo e a depilação eram incentivadas para prevenir infecções. Além disso, utilizavam mosquiteiros para se proteger de picadas de insetos e doenças transmitidas por eles, como a malária.
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7. A Importância do Papiro Ebers
Por fim, o Papiro Ebers é um dos documentos mais importantes da medicina antiga, contendo informações detalhadas sobre tratamentos para diversas doenças, incluindo problemas de pele, doenças intestinais e doenças mentais. Além disso, ele também menciona métodos de contracepção e diagnósticos de gravidez, mostrando um conhecimento avançado em ginecologia. Ou seja, mais uma contribuição da medicina egípcia antiga para a atualidade. Isso porque a preservação de seus escritos médicos, como o Papiro Ebers, permite que continuemos a aprender e apreciar as contribuições dessa antiga civilização.
A mistura de medicina, magia e religião
Embora a medicina egípcia tivesse grande vínculo com a magia e a religião, muitos dos tratamentos prescritos se baseavam em observações empíricas e uso de ervas medicinais. Inclusive, a crença na influência de deuses e espíritos sobre a saúde levou ao desenvolvimento de rituais e amuletos destinados a afastar o mal e curar os enfermos.