Por que os egípcios removiam o cérebro dos faraós? Descubra aqui!

Assim como muitas outras civilizações antigas, os egípcios tinham práticas funerárias únicas que refletiam suas profundas crenças religiosas. No entanto, algo que tem intrigado os arqueólogos por décadas é porque os egípcios removiam o cérebro dos faraós mortos, também conhecidos como múmias.
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A razão pela qual os egípcios removiam o cérebro dos faraós
Os antigos egípcios removiam o cérebro dos faraós mortos durante o processo de mumificação devido às suas crenças religiosas e à compreensão da importância dos órgãos.
Eles acreditavam que o coração era o centro do pensamento e das emoções, e não o cérebro. Para os egípcios, o coração era o órgão mais importante, pois consideravam-no a sede da alma e do caráter. Acreditavam que o coração precisava permanecer no corpo para garantir a vida após a morte.
Por outro lado, não consideravam o cérebro essencial, então removiam-no e descartavam-no. Geralmente, removiam o cérebro pelo nariz com ferramentas especiais. Em seguida, mumificavam o corpo e o preparavam para o sepultamento, seguindo os costumes e tradições da época.
Esse processo mostra como os antigos egípcios abordavam a mumificação de uma maneira que refletia suas crenças religiosas e culturais sobre a vida após a morte.
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Mas por que foram encontradas múmias de faraós que mantiveram seus cérebros?
Existem alguns casos de faraós e outras figuras importantes do antigo Egito que não seguiram a prática comum de remoção do cérebro durante a mumificação.
Com a ajuda da tecnologia, os arqueólogos descobriram múmias nas quais deixaram o cérebro no lugar, mostrando variações nas práticas funerárias dependendo do período, da região e, possivelmente, das preferências pessoais do falecido ou de sua família.
Uma descoberta significativa foi a múmia do faraó Tutancâmon, cujo cérebro permaneceu em sua posição original. Isso indica que nem sempre seguiram os procedimentos típicos de mumificação em todos os casos, possivelmente devido a circunstâncias especiais ou mudanças religiosas e culturais ao longo do tempo.
Parece que os egípcios agiam principalmente com o coração e não com a mente. No entanto, conseguiram criar uma civilização gigantesca que o mundo moderno ainda estuda até hoje.
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Quem foi Tutancâmon?
Tutancâmon subiu ao trono com cerca de 9 anos de idade e reinou de 1332 a.C. a 1323 a.C., durante a 18ª Dinastia do Egito.
O jovem faraó assumiu o trono após um período de agitação religiosa provocada por seu antecessor, Akhenaton, que havia introduzido o culto ao deus Áton e negligenciado os deuses tradicionais do Egito.
Durante seu reinado, Tutancâmon restaurou a religião politeísta tradicional e os templos dos deuses, trazendo de volta o culto ao deus Amon e a outras divindades.
Embora não tenha tido um reinado longo e não tenha realizado grandes feitos políticos ou militares, a descoberta de seu túmulo intacto em 1922 por Howard Carter tornou Tutancâmon famoso mundialmente e forneceu valiosas informações sobre o Antigo Egito.
E, como mencionado, ele foi o faraó que restaurou o culto tradicional aos deuses do Egito.