Escutar este tipo de música ao dormir pode melhorar a memória, segundo estudo

Você sabia que escutar certos tipos de sons e de música ao dormir pode estimular a memória? Veja o que mostram os estudos.
Música pode estimular a memória.

Você com certeza já ouviu falar que o nosso sono é essencial para a nossa saúde corporal e mental. Inclusive, é durante esse período do dia que consolidamos a nossa memória e processamos as informações que recebemos ao longo do dia. E, nessas últimas décadas, diversos estudos vêm analisando a influência que estímulos auditivos e sonoros podem ter no nosso cérebro durante o sono. Dessa forma, cientistas descobriram que certos sons e certas músicas podem alterar e moldar as ondas cerebrais durante o sono, principalmente durante o sono REM (Movimento Rápido dos Olhos), que se relaciona diretamente à nossa memória e à nossa cognição. Entenda mais a seguir como a música ao dormir pode influenciar a nossa memória

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Como a música que escutamos ao dormir pode estimular a memória?

Antes de mais nada, para entendermos melhor como os sons podem influenciar o nosso cérebro, é importante saber o que é o sono REM e por que ele é tão importante.

O sono REM

O sono REM é uma fase do sono em que o nosso cérebro entra em intensa atividade, mais ou menos como se estivéssemos acordados. Inclusive, é durante o sono REM que temos aqueles sonhos mais reais e também é o momento em que processamos as informações que adquirimos ao longo do dia, consolidando a também a nossa memória. Segundo a neurociência, essa fase é essencial para fixarmos o que aprendemos ao longo do dia.

E, o interessante é que, recentemente, um estudo conduzido pela Universidade de Surrey, no Reino Unido, mostrou que a estimulação auditiva durante o sono REM pode influenciar diretamente as ondas cerebrais envolvidas na memória. Os pesquisadores utilizaram uma técnica chamada Closed-loop Auditory Stimulation (CLAS), que envolve a administração precisa de estímulos sonoros durante os ciclos de ondas cerebrais, com o objetivo de manipular a frequência dessas oscilações. Esse método demonstrou que é possível acelerar ou desacelerar as ondas cerebrais, dependendo de qual parte do ciclo do sono é estimulada​.

Dessa forma, a estimulação sonora pode alterar as oscilações cerebrais, influenciando diretamente os processos de memória e cognição. Isso acontece devido a um alinhamento preciso dos estímulos auditivos com as fases das ondas cerebrais, especialmente as ondas alfa e teta, que estão ligadas ao sono REM. Então, basta aplicar esses estímulos na fase certa do sono REM e, como consequência, é possível manipular a frequência das ondas cerebrais, ajudando a pessoa a reter algumas informações.

Essas observações ainda se tratam de um experimento. Porém, o estudo já sugere que é, sim, possível, melhorar a nossa memória através dos sons que escutamos ao dormir.

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Outros estudos a respeito

Também, outro estudo, realizado pela Universidade de Lübeck, na Alemanha, mostrou que o uso de estímulos sonoros durante o sono pode intensificar a atividade nas áreas do cérebro associadas à memória. Os participantes do estudo foram submetidos a sessões de sono controlado, nas quais ouviram sons suaves durante o estágio de sono profundo, também conhecido como sono de ondas lentas. E, como resultado, os participantes do estudo que se submeteram a sons ao dormir, tiveram um desempenho melhor em testes de memória no dia seguinte.

Outro estudo, publicado na revista Cell Systems, introduziu uma nova forma de calcular os impactos das ondas cerebrais e da estimulação sonora no desempenho cognitivo de pessoas com demência. A pesquisa sugere que, ao acelerar as oscilações cerebrais durante o sono REM, é possível melhorar a capacidade de reter memórias e reduzir o declínio cognitivo em pacientes que sofrem de doenças neurodegenerativas.

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Mas, há uma música certa para estimular a memória?

Porém, é importante saber que não é qualquer música que é capaz de ter o mesmo efeito na memória. Por exemplo, o ideal é que ela seja suave, que tenha um som ritmado e tenha batidas relaxantes e lentas. É essencial saber disso, já que, sons intensos, muitos estimulantes, ou abruptos podem ter o efeito contrário e interromper o ciclo do sono REM, causando um prejuízo do processamento da memória.

Além disso, músicas que promovem um ambiente calmo, como música clássica ou sons da natureza, têm se mostrado eficazes em melhorar a qualidade do sono. Inclusive, sons consistentes e repetitivos, como o som das ondas do mar ou da chuva, também são ótimas ferramentas. Justamente porque eles mantêm o cérebro em um estado de relaxamento próximo ao ótimo, ajudando no curso das ondas cerebrais naturais.

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O que nos aguarda?

Esses estudos representam um grande passo em direção à solução de problemas e doenças cognitivos e de memória. Isso se torna ainda mais importante principalmente quando se trata de populações mais velhas e quando falamos a respeito de condições como a demência. Sendo uma técnica não invasiva, esses estudos podem nos mostrar um ótimo método para melhorar a nossa saúde cerebral, física e mental. Agora, só nos resta aguardar por mais informações e confirmações a respeito.

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