Estas embalagens de alimentos liberam químicos, veja como evitar, segundo estudo

Novo estudo mostra o quanto as embalagens de alimentos podem liberar químicos e os riscos para o seu corpo. Veja como evitar.
Estas embalagens de alimentos liberam químicos, veja como evitar.

Pare e pense um pouco, quantas vezes você já consumiu um produto que vinha dentro de uma embalagem? Nos dias de hoje, exceto por alguns produtos, sendo a maioria deles os naturais, é praticamente impossível encontrar alguém que não os consuma, pelo menos, de vez em quando. Porém, as notícias recentes podem não ser tão boas assim! Isso porque, pesquisas recentes alertam para um problema preocupante: muitos tipos de embalagens de alimentos liberam produtos químicos que podem ser absorvidos pelos próprios alimentos e, consequentemente, ingeridos pelos consumidores.

Como já era de se imagina, esses químicos podem representar riscos para a saúde humana. A descoberta foi publicada em um estudo na revista Journal of Exposure Science and Environmental Epidemiology. E, agora, os cientistas compreenderam melhor a respeito de quantos desses químicos são absorvidos pelos alimentos e como eles podem impactar nosso corpo. Portanto, confira a seguir!

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Os químicos que as embalagens dos produtos liberam

Os dados podem ser assustadores. Isso porque, segundo o estudo, as embalagens de produtos podem conter até cerca de 14 mil produtos químicos. E, o pior é que, destes, cerca de 3.600 foram detectados no corpo humano, por meio de amostras de sangue, cabelo e leite materno. Ou seja, estamos absorvendo químicos diariamente e eles já estão nos nossos corpos, sem que a gente perceba. Mas, quais são eles? Aqui vão os principais que os estudos encontraram.

  • Metais: como alumínio e chumbo, podem causar problemas de saúde como intoxicações e, a longo prazo, doenças neurológicas.
  • Compostos orgânicos voláteis (COVs): substâncias que podem causar problemas respiratórios e irritações quando inaladas ou ingeridas.
  • Substâncias perfluoroalquiladas (PFAS): são os “químicos eternos”, isso porque persistem no meio ambiente e no corpo humano. Além disso, se associam a distúrbios endócrinos e até ao desenvolvimento de câncer​.

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Quais embalagens liberam mais químicos?

Porém, o perigo não é o mesmo para qualquer embalagem de produtos. Isso porque, o estudo destaca que os produtos químicos se desprendem de embalagens de acordo com o material, o tipo de alimento embalado e as condições de armazenamento. Mas, quais são as que mais liberam esses químicos?

A primeira e a mais famosa por liberar esses tipos de substâncias é a embalagem de plástico. Lembrando que a exposição a calor, como no micro-ondas, pode acelerar a liberação de produtos químicos, aumentando os riscos à saúde.

Além disso, surpreendentemente, o estudo identificou que embalagens feitas de papel e papelão reciclado podem ser ainda piores do que o plástico. Isso ocorre porque o processo de reciclagem mistura tintas e outros componentes químicos que não são adequados para contato com alimentos​. Ficou surpreso(a)?

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Fatores que influenciam a absorção química

Além do material da embalagem, há outros fatores que podem influenciar, causando uma maior liberação dos químicos para os alimentos. Por exemplo, a maioria das pessoas já conhece os riscos das altas temperaturas. Mas, o que muitos não sabem é que os tipos de alimentos e os tamanhos dos recipientes também podem influenciar. Sendo assim, alimentos ricos em gordura ou com alta acidez tendem a absorver mais produtos químicos das embalagens. Isso ocorre porque a composição química desses alimentos facilita a interação com os componentes da embalagem.

Além disso, embalagens menores e mais apertadas aumentam o contato direto entre o alimento e os materiais da embalagem, elevando a quantidade de produtos químicos que podem ser transferidos​.

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Mas, quais são os riscos reais para a nossa saúde?

Grande parte desses químicos liberados, podem causar sérios riscos à nossa saúde. Algumas dessas substâncias, como os PFAS, são particularmente preocupantes porque podem permanecer no organismo por longos períodos. Ou seja, elas ainda se acumulam ao longo do tempo. Sendo assim, é importante saber que os produtos químicos podem interferir nos hormônios do corpo, levando a desequilíbrios que afetam desde o crescimento até a reprodução e o metabolismo. Também, certos compostos, especialmente os PFAS, se associam diretamente ao aumento do risco de desenvolver câncer. Eles são conhecidos por causar tumores em órgãos como fígado e rins.

Não podemos nos esquecer de que a exposição prolongada a metais pesados e compostos voláteis também pode resultar em problemas respiratórios, danos ao sistema nervoso e até doenças degenerativas como o Alzheimer.

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Mas, o que podemos fazer para evitar a exposição aos químicos das embalagens de produtos?

Estas embalagens de alimentos liberam químicos, veja como evitar.
Freepik.

Agora que você já conhece os riscos da exposição a químicos das embalagens de alimentos, é importante saber que tomar algumas medidas podem reduzir os riscos. Por exemplo, é importante evitar aquecer alimentos que venham em embalagens plásticas no micro-ondas. Por isso, tente sempre transferir os alimentos para recipientes de vidro ou cerâmica antes de aquecer.

Além disso, tente sempre optar por embalagens rotuladas como “livres de BPA” ou “seguras para alimentos”, isso pode ajudar a reduzir a exposição a produtos químicos prejudiciais. Portanto, verifique os rótulos e escolha opções que utilizem materiais certificados para contato com alimentos.

A opção mais segura seria realmente reduzir o consumo de alimentos embalados. Ou seja, optar, sempre que possível, por alimentos frescos ou que não venham em embalagens altamente processadas. Além de reduzir a exposição a produtos potencialmente nocivos, isso também estimula alimentação mais saudável.

Também, para evitar a absorção de substâncias químicas, é importante armazenar alimentos em recipientes adequados, como potes de vidro ou de silicone de grau alimentício, que não liberam substâncias tóxicas.

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O que esperar da pesquisa?

Por fim, os cientistas destacam que é importante a realização de testes mais rigorosos em embalagens de alimentos. Além disso, é essencial que exista uma regulamentação mais rígida sobre os materiais que podem ser utilizados para embalar alimentos, com o objetivo de proteger melhor a saúde dos consumidores.

Por enquanto, os pesquisadores continuam a monitorar os efeitos a longo prazo dessas substâncias químicas no corpo humano e estão ampliando os estudos para entender como elas interagem com diferentes tipos de alimentos e embalagens.

E você? Já adota as medidas necessárias para se proteger?

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