As mudanças climáticas têm sido o foco das notícias mais recentes. E, não é novidade para ninguém que já estamos sofrendo os efeitos delas. Por exemplo, o aquecimento global nunca foi tão perceptível, tanto pelas inundações que vêm acontecendo, quanto pelas fortes ondas de calor intenso por todo o planeta. Inclusive, nunca passamos por uma estação do ano tão quente. E, no meio de toda essa “bagunça” climática, com certeza algo que nos preocupa é o derretimento de gelo na Antártida. Mas, você já se perguntou se, por acaso, seria possível que todo o gelo derretesse? E será que isso já tem data para acontecer? A resposta, de acordo com os cientistas e estudos recentes, é: sim. Portanto, se você se interessou, confira logo a seguir mais informações.

Leia mais: Quem inventou o horário de verão e por quê? A reposta vai te surpreender

A data para o derretimento de todo o gelo da Antártida

Um estudo realizado nos Estados Unidos, pela Faculdade de Dartmouth revelou, finalmente, qual é a data provável para acontecer o derretimento de todo o gelo da Antártida. Mais de 50 cientistas especialistas participaram desse projeto e, como conclusão, observou-se que, a partir do ano de 2100, não é possível definir com exatidão a velocidade de derretimento das calotas de gelo no local. Porém, a previsão é de que todo o derretimento ocorra mais próximo do que imaginamos, devendo acontecer até o ano de 2300. Provavelmente não estaremos mais aqui, mas, e as nossas gerações futuras? O que as aguarda?

A principal causa desse derretimento parece ser as emissões de carbono. Além disso, mesmo que essa emissão não aumente ao longo dos anos, a previsão segue a mesma. Ou seja, isso nos faz repensar a respeito do nosso estilo de vida atual. Mas, você deve estar se perguntando como os cientistas chegaram a essa conclusão e como aconteceu o estudo. Para que a pesquisa se tornasse viável, os estudiosos utilizaram informações de cerca de 16 tipos diferentes de manto de gelo do continente e assim fizeram as simulações.

Leia mais: Estas embalagens de alimentos liberam químicos, veja como evitar, segundo estudo

As previsões em relação à velocidade do derretimento

O estudo também aponta um fato preocupante, de acordo com ele, a partir do ano de 2100, haverá uma mudança de padrão do derretimento, tornando-se mais acelerado. Sendo assim, ocorrerá um salto no recuo do gelo. Então, como consequência, em 100 anos a contar dessa data, os níveis do mar devem subir de forma significativa, mais de 1,5 m, subindo, inclusive, em todo o planeta.

Segundo a Space Daily, renomada revista científica, o ponto final do derretimento acontecerá mesmo em 2300. Porém, o mais preocupante é que, quando se fala em políticas para reduzir a emissão de carbono, poucos focam nos anos posteriores a 2100, que, na verdade, deveria demandar um olhar mais atento.

Além disso, segundo a chefe da pesquisa, Helene Sroussi, e professora da Escola de Engenharia Thayer de Darmouth, é essencial que haja mais estudos para analisar o derretimento de gelo. Assim como é importante analisar os seus efeitos no planeta a partir de 2100. Até porque é fundamental avaliar os locais mais suscetíveis a consequências negativas da elevação do nível do mar e adotar as medidas necessárias para evitar maiores desastres. Afinal, há muito tempo já prevíamos que um dia sofreríamos os efeitos das mudanças climáticas. Mas, há quanto tempo também adiamos as ações necessárias para contê-las?

De qualquer forma, o ponto-chave do estudo é a importância de adotarmos maneiras de reduzir quanto antes os níveis de emissão de carbono. Por isso, adotar alternativas sustentáveis no dia a dia se torna ainda mais importante para preservar não somente o futuro do meio ambiente, mas também o futuro das nossas gerações e das gerações futuras.

E aí, você já faz a sua parte?