Estudo revela como as pirâmides foram construídas e surpreende

Ao pensar no Egito, logo nos lembramos das imensas pirâmides que os egípcios construíram. Mas, você já se perguntou como, naquela época tão distante, os egípcios conseguiam construir pirâmides tão altas? Não é à toa que esse feito intriga os cientistas até os dias de hoje. Mas, a boa notícia é que justamente por esse mistério ser tão interessante é que estamos perto de descobrir mais segredos sobre essas construções. Portanto, entenda um pouco melhor o que um novo estudo mostrou a respeito de como as pirâmides foram construídas.
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Como as pirâmides foram construídas?
Um estudo mostrou que os egípcios usavam um sistema hidráulico que desenvolveram justamente para isso. Em meio a tantas pirâmides, uma se destaca, estamos falando da pirâmide de Djoser, ela tem quadro laterais e seis camadas e ficava no complexo funerário de Saqqara. Além disso, é considerada a primeira pirâmide construída no Egito e a sua construção aconteceu no norte do Egito, há quase 5 mil anos atrás.
Agora, pense, uma pirâmide desse porte tem mais de trezentos mil metros cúbicos, mas, naquela época, não havia máquinas, guindastes e outras tecnologias que temos hoje para transportar toda essa quantidade de areia. Então, como eles faziam?
É aí que entra o sistema hidráulico desenvolvido pelos egípcios naquela época. Esse sistema tinha uma barragem, um elevador hidráulico para transportar a carga e uma estação de água, tudo isso funcionava com a ajuda do Rio Nilo. Dessa forma, havia uma construção próxima a esse rio que capturava água e alguns sedimentos para que tudo funcionasse. Entenda um pouco melhor esse sistema a seguir!
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O sistema hidráulico para a construção das pirâmides no Egito Antigo

O primeiro componente desse sistema era a barragem, descrita pelos pesquisadores como uma estrutura com aproximadamente dois quilômetros de comprimento e paredes de 15 metros de altura. A sua construção ocorreu entre dois vales, a oeste da pirâmide, para desviar a água do Nilo. Além disso, a sua função era a de conter a água e também de filtrá-la, removendo sedimentos antes que a água fluísse para as etapas seguintes do processo.
Após a barragem, a água passava para uma instalação de tratamento conhecida como “Trincheira Profunda”. Essa instalação consistia em várias bacias, onde os sedimentos restantes se depositavam, impedindo que o sistema ficasse entupido. Então, a partir dessas bacias, a água limpa passava para o próximo estágio do sistema.
Mas, o verdadeiro segredo da construção, segundo o estudo, reside no que os pesquisadores chamam de “elevador hidráulico”. Este mecanismo funcionava como uma espécie de moinho, utilizando a força da água acumulada em um poço central para mover os enormes blocos de pedra necessários para a construção da pirâmide.
Então, a água, ao entrar no poço central, gerava pressão suficiente para flutuar as pedras, movendo-as verticalmente dentro do poço. Dessa forma, esse processo permitia que os trabalhadores elevassem as pedras de forma controlada, utilizando ciclos de enchimento e esvaziamento do poço para ajustar a altura das pedras à medida que a construção avançava.
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A importância da água na construção
Este sistema hidráulico, se confirmado, mostraria que a água do Nilo desempenhou um papel central na construção das pirâmides. Ao contrário das teorias tradicionais que sugerem o uso de rampas de terra e madeira para erguer os blocos, o uso da água como força motriz para elevar as pedras representaria uma solução mais eficiente e inovadora, aproveitando os recursos naturais disponíveis aos antigos egípcios.
Além de facilitar o transporte vertical dos blocos, o sistema hidráulico teria reduzido a necessidade de mão de obra, pois menos trabalhadores seriam necessários para mover as pedras grandes e pesadas. Isso causaria uma redução no tempo necessário para a construção, permitindo a finalização das pirâmides em prazos mais curtos.
Mas, embora esta teoria seja muito interessante, é importante destacar que ela ainda não foi revisada por pares. Ou seja, ainda é necessário que ocorra a sua validação por outros especialistas no campo.
De qualquer forma, agora só nos resta aguardar por novas confirmações. E aí, para você essa teoria faz sentido?