Coisa de cinema? Veja se a areia movediça existe de verdade

Você é fã de filmes que se passam na antiguidade? Então, provavelmente já viu por aí algum dos filmes que se passam no Egito Antigo, em que heróis se deparam com a areia movediça e lutam desesperadamente para escapar de uma morte aparentemente certa. Na verdade, a areia movediça é usada realmente para gerar mais drama à cena. Inclusive, em filmes que se passaram Egito Antigo, esse cenário foi responsável por gerar pânico em todos os telespectadores ao longo dos anos. Mas o que realmente sabemos sobre a areia movediça? Ela é tão perigosa quanto parece? E, mais que isso, será que essas representações cinematográficas têm alguma base na realidade? Bem, é isso que você verá a seguir.
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A representação da areia movediça no cinema

A areia movediça tornou-se um elemento icônico em filmes de aventura, especialmente aqueles que retratam o Egito Antigo. Inclusive, se você assistiu a produções como “As Minas do Rei Salomão” (1950) e “Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida” (1981), reparou que usaram a areia movediça para criar momentos de tensão e perigo iminente. Essas cenas perpetuaram a ideia de que esse fenômeno natural é um verdadeiro perigo silencioso, capaz de engolir uma pessoa por completo em questão de minutos.
O uso da areia movediça nesses filmes não é só uma ferramenta de suspense. Na verdade, ele nos mostra como a cultura do Oriente Médio pode ser interessante para a nossa. O deserto, com suas dunas traiçoeiras e histórias de faraós, sempre serviu como pano de fundo para narrativas que envolvem descobertas arqueológicas e tesouros ocultos. E, a areia movediça só acrescenta uma camada extra de perigo e mistério, reforçando a noção de que o desconhecido é algo a ser temido.
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Mas, a areia movediça existe de verdade, ou é só obra da ficção?
Bem, a reposta é: nem tanto ficção e nem tanto verdade. Isso porque, de acordo com especialistas, a areia movediça não é exatamente o que os filmes sugerem. Como assim? Na verdade, ela é uma mistura de areia ou outros sedimentos com água, formando um material que parece sólido, mas que pode se comportar como um líquido viscoso quando submetido a uma pressão. Isso ocorre porque a água que preenche os espaços entre os grãos de areia reduz a fricção, fazendo com que o material não consiga suportar o peso de um corpo. Faz sentido para você?
Apesar disso, é extremamente difícil para um ser humano submergir completamente em areia movediça. Isso porque, estudos mostram que o corpo humano é menos denso do que essa areia, o que significa que, ao contrário do que vemos nos filmes, a pessoa tende a flutuar, desde que não entre em pânico e comece a lutar freneticamente para sair. Ou seja, se você se deparar com uma areia movediça, já sabe o que não fazer!
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Ela é mesmo perigosa?
Embora seja verdade que ela possa ser perigosa, especialmente se a pessoa não souber como reagir, o risco de morte é muito menor do que o cinema sugere. Inclusive, na maioria dos casos documentados, as fatalidades ocorrem devido a fatores secundários, como desidratação, hipotermia ou afogamento, se a pessoa estiver presa em uma área onde a maré sobe.
De qualquer forma, como já mencionamos acima, uma das maiores lições que a ciência oferece sobre como lidar com esse tipo de situação é a de manter a calma. Assim, quando alguém fica preso, o ideal é tentar distribuir o peso corporal de maneira uniforme e, se possível, buscar ajuda. Dessa forma, movimentos suaves e controlados podem ajudar a reduzir a viscosidade da areia e facilitar a saída.
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Filmes clássicos do Egito Antigo com areia movediça

Além dos filmes já mencionados, o Egito Antigo tem sido palco para várias outras produções cinematográficas que utilizam a areia movediça como um elemento de perigo. Quem nunca viu, ou já ouviu falar do clássico “A Múmia” (1999)? Nele, a areia movediça é usada como um recurso para mostrar o poder sobrenatural do vilão. Também não podemos nos esquecer do filme “O Escorpião Rei” (2002), em que personagens enfrentam o desafio de escapar de armadilhas arenosas.
Esses filmes ficaram nas nossas memórias e ajudaram a criar nelas a imagem da areia movediça como uma ameaça mortífera. No entanto, ao analisar a realidade científica que explicamos acima, agora você já sabe que esses retratos exagerados servem mais ao entretenimento do que à precisão factual.
E aí, você já sabia dessas curiosidades?