Viver 400 anos? Tubarão pode ser a chave para a longevidade humana

A longevidade é um tema que intriga tanto os cientistas quanto o público em geral. Afinal, quem não desejaria viver para sempre. Ou, pelo menos, viver muito mais tempo. Até porque o tempo nunca parece ser o suficiente. Dessa forma, estender a vida útil com qualidade é um objetivo comum e, surpreendentemente, podemos aprender muito com o mundo animal. Isso porque diferentes espécies de animais possuem mecanismos únicos que lhes permitem viver por muitos anos. Inclusive, alguns mais de 100, 200 e 400 anos. E entender esses processos pode oferecer dicas valiosas para a saúde humana. Mas, como os animais podem nos ensinar a viver mais?
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Como os animais podem nos ajudar a viver mais

Algumas das criaturas mais longevas da Terra habitam os oceanos. As tartarugas marinhas, por exemplo, podem viver mais de 100 anos. Enquanto isso, o tubarão-da-Groenlândia, que tem sido alvo de diversas reportagens atualmente, é conhecido por sua impressionante expectativa de vida, podendo alcançar até 400 anos. Incrível mesmo!
Mas, por que esses animais vivem tanto? A resposta pode ser um pouco diferente do que você pensa: esses animais marinhos apresentam metabolismo lento, o que reduz o desgaste celular e prolonga sua vida.
Além disso, muitas dessas espécies possuem adaptações biológicas que as protegem de doenças. Por exemplo, os tubarões possuem uma alta resistência a infecções e câncer, graças a compostos especiais em seu sistema imunológico. Dessa forma, estudos sobre esses compostos podem abrir portas para novos tratamentos e terapias em humanos.
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Mamíferos e a longevidade

Entre os mamíferos, os elefantes e as baleias-da-Groenlândia são exemplos importantes de longevidade. Por exemplo, os elefantes podem viver até 70 anos, e as baleias-da-Groenlândia podem ultrapassar os 200 anos. A chave para a longa vida desses mamíferos está em parte em seus genes. Eles possuem mecanismos eficientes de reparo celular e genes que conferem resistência a doenças.
Só para se ter uma ideia, os estudos genéticos em elefantes, revelaram a presença de múltiplas cópias do gene TP53, conhecido por sua função de supressão de tumores. Esse gene ajuda a prevenir o desenvolvimento de câncer, uma das principais causas de morte em humanos.
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O que podemos aprender com alguns pequenos animais

E, engana-se quem pensa que apenas os grandes animais oferecem lições sobre longevidade. O rato-toupeira-pelado, um roedor subterrâneo, pode viver até 30 anos, um feito impressionante para um animal desse porte. Esse roedor apresenta uma resistência incrível ao câncer e mantém sua saúde cardiovascular ao longo da vida. Inclusive, a pesquisa sobre esse animal está explorando como suas células evitam o processo de envelhecimento que afeta outras espécies.
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Entendendo as aplicações na saúde humana
Por fim, os avanços na biotecnologia permitem que cientistas estudem esses animais a nível molecular, identificando os genes e os processos celulares responsáveis por sua longevidade. Assim, com essas informações, há um potencial para desenvolver intervenções que possam prolongar a vida humana de forma saudável.
E isso não vem de hoje. Por exemplo, a metformina, um medicamento utilizado no tratamento do diabetes, já vem sendo estudada por suas possíveis propriedades de extensão da vida, inspirada nos mecanismos naturais observados em animais longevos. Além disso, a pesquisa em terapias genéticas e medicina regenerativa continua a crescer, impulsionada pelos achados no reino animal.
Já deu para ver como a natureza pode ser incrível, certo? Ela oferece um vasto campo de estudo para a compreensão da longevidade. Ao observar as estratégias de sobrevivência e os mecanismos biológicos dos animais que vivem mais tempo, os cientistas podem desenvolver novas abordagens para melhorar a saúde humana e prolongar a vida.
O importante é continuar sempre em constante conhecimento. Dessa forma, a pesquisa contínua e a aplicação desses conhecimentos têm o potencial de transformar nossa abordagem ao envelhecimento e às doenças relacionadas à idade.
E aí, qual será a próxima descoberta sobre a longevidade?