Você nem imagina, mas a abóbora pode não ser um vegetal

A abóbora é um dos alimentos mais deliciosos e, ao mesmo tempo, saudáveis. Docinha, gostosa, e até mesmo crocante, em algumas receitas, ela também serve de decoração em festas de terror e Halloween. Porém, o que muitos não sabem é que pode ser que a abóbora não seja um vegetal. Mas, o que seria ela então? Confira logo abaixo!
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A abóbora não é um vegetal?
A abóbora, comum em pratos e celebrações sazonais, como o Halloween, há tempos é vista como um vegetal. No entanto, cientificamente, essa classificação não corresponde à realidade. A botânica classifica a abóbora como uma fruta, e a razão para isso está em sua estrutura biológica.
No campo da botânica, um fruto é o resultado do amadurecimento do ovário de uma flor e, geralmente, contém sementes. Sob essa definição, a abóbora se encaixa perfeitamente. Assim como o tomate e o abacate. Ela é um fruto porque nasce do ovário da planta e possui sementes em seu interior.
A confusão surge porque, na culinária, as categorias de frutas e vegetais são definidas de maneira diferente. Frutas, na cozinha, tendem a ser doces e usadas em sobremesas. Enquanto vegetais são mais associados a pratos salgados. A abóbora, por ter um sabor suave e adaptável, acaba sendo vista e preparada como um vegetal em muitas tradições culinárias.
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A família das cucurbitáceas

A abóbora pertence à família das Cucurbitáceas, que inclui outros alimentos que também causam confusão em sua classificação, como o pepino, o melão e a abobrinha. Todos esses alimentos são frutos, botanicamente falando. Porém, quase ninguém sabe disso.
Por exemplo, o pepino é muitas vezes utilizado em saladas e pratos salgados, reforçando sua imagem de vegetal, apesar de ser uma fruta.
Essa dualidade entre a classificação botânica e a culinária mostra como o modo de consumo pode influenciar a percepção que temos dos alimentos. Na prática, o uso e o preparo dos ingredientes acabam sendo mais determinantes na forma como eles são vistos do que as definições científicas.
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Outros que nos confundem na classificação
Além da abóbora, outros alimentos também são alvos de confusão quanto à sua verdadeira classificação. O tomate é um exemplo clássico: muitos o consideram um vegetal devido ao seu uso em saladas e pratos salgados. Porém, ele é, na verdade, uma fruta. Esse fato até gerou discussões legais nos Estados Unidos no século XIX, culminando em uma decisão da Suprema Corte que declarou o tomate como vegetal para fins fiscais, embora fosse reconhecido como fruta do ponto de vista botânico.
Além disso, o pimentão e a berinjela seguem a mesma lógica. Ambos contêm sementes e se desenvolvem a partir do ovário de uma flor, características que os classificam como frutos. No entanto, são comumente preparados como vegetais em uma grande variedade de pratos, reforçando a confusão.
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A abóbora na história e na cultura
Cultivada há mais de 7.000 anos, a abóbora tem suas raízes na América do Norte. Lá, tribos nativas a utilizavam tanto como alimento quanto em rituais. Então, o seu uso atingiu a Europa com a chegada dos colonizadores, consolidando seu papel em festividades e como símbolo de prosperidade. Por exemplo, no Halloween, a abóbora esculpida é um ícone tradicional, substituindo os nabos que eram originalmente usados na Irlanda e na Escócia.
Além disso, o valor nutricional da abóbora também contribuiu para sua popularidade ao longo dos séculos. Dessa forma, rica em fibras, vitaminas A e C, antioxidantes e potássio, ela é uma opção versátil e nutritiva. Sendo assim, é comum o seu uso em sopas, ensopados, purês e até sobremesas. Essa versatilidade na culinária só reforça sua ambiguidade como alimento, pois seu uso não se restringe a uma categoria específica.
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Por que as pessoas pensam que a abóbora é um vegetal e não fruta?
Por fim, a principal razão dessa confusão entre as classificações está na diferença entre a botânica e a culinária. Assim, na botânica, o foco está na estrutura e na função da planta. Enquanto na culinária, a categorização segue mais a intuição e baseia-se no uso e no sabor. Esse choque de conceitos faz com que alimentos como a abóbora, o tomate e o pepino se tornem exemplos de como as percepções podem divergir da realidade científica.
E, claro, a abóbora, com seu sabor que combina perfeitamente tanto com doce, quanto com salgado, exemplifica bem essa dicotomia. Dessa forma, sua presença tanto em pratos principais quanto em sobremesas faz dela um ingrediente versátil e que agrada paladares em diversas culturas. Mas, apesar de sua popularidade como “vegetal”, ela permanece firmemente no campo das frutas de acordo com a ciência.