Qual é a verdadeira cor do sol? A resposta vai te surpreender

O Sol sempre teve uma importância imensa para a humanidade, sendo venerado como uma divindade em muitas culturas antigas. Devido à sua influência essencial na vida, na luz e no calor, os povos antigos o honravam e adoravam de diversas maneiras. A crença de que o Sol é amarelo prevalece desde então. Mas será que isso é verdade? Qual é o cor do sol? Antes de respondermos a essa pergunta, vamos entender melhor o que é o Sol e por que foi divinizado na antiguidade.
O que é o Sol?
O Sol é uma estrela situada no centro do nosso sistema solar, sendo a principal fonte de luz e energia para a Terra. Trata-se de uma enorme esfera de plasma extremamente quente, composta principalmente de hidrogênio (cerca de 75%) e hélio (cerca de 24%). No núcleo do Sol, ocorrem reações de fusão nuclear que transformam o hidrogênio em hélio, liberando imensas quantidades de energia na forma de luz e calor.
O Sol é essencial para a vida na Terra, fornecendo a luz necessária para a fotossíntese, o calor que mantém o clima em condições habitáveis e a energia que impulsiona os fenômenos meteorológicos e os ecossistemas do planeta.
Com um diâmetro de aproximadamente 1,39 milhão de quilômetros, o Sol é cerca de 109 vezes maior que a Terra. Ele está situado a uma distância de aproximadamente 150 milhões de quilômetros da Terra, o que equivale a uma unidade astronômica (UA).
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A divinização do sol: culturas que adoravam o deus Sol

Na antiguidade, o Sol era venerado como uma divindade em diversas culturas, devido à sua importância vital para a vida, a luz e o calor.
Grécia antiga

Na Grécia Antiga, os gregos personificavam o Sol como o deus Hélios, representado como um jovem com uma auréola, conduzindo uma carruagem puxada por quatro cavalos através do céu. Todos os dias, Hélios guiava sua carruagem do leste para o oeste, trazendo a luz do dia ao mundo.
Os gregos frequentemente associavam Hélios ao deus Apolo, que era principalmente o deus da luz e da música, e não diretamente do Sol. No entanto, em certos períodos e regiões, eles uniram essas duas divindades. Em Rodes, os habitantes veneravam Hélios como o deus principal, erguendo o Colosso de Rodes, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, em sua homenagem.
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Antigo Egito

No Antigo Egito, o Sol era adorado principalmente na forma de Rá, um dos deuses mais importantes do panteão egípcio. Rá era o deus do Sol, da criação e da vida, frequentemente representado como um homem com cabeça de falcão e um disco solar sobre a cabeça. Os egípcios acreditavam que Rá viajava todos os dias em sua barca pelo céu, e à noite passava pelo submundo, para renascer na aurora seguinte.
Roma antiga
Os romanos também adoravam o Sol na forma do deus Sol. Posteriormente, identificaram Sol com Hélios, o deus grego. Durante o Império Romano, popularizaram o culto ao deus Sol Invictus, o “Sol Invencível”. O dia 25 de dezembro, originalmente dedicado a Sol Invictus, foi mais tarde associado ao Natal.
Mesopotâmia antiga

Na antiga Mesopotâmia, o deus do Sol era chamado Shamash e era considerado o deus da justiça.
Civilização Asteca
Para os astecas, o Sol era representado pelo deus Huitzilopochtli, uma das divindades mais poderosas. Eles realizavam sacrifícios para garantir que o Sol nascesse todos os dias.
Índios da América do Norte
Entre os indígenas da América do Norte, várias tribos adoravam o Sol de diferentes maneiras, realizando cerimônias e danças dedicadas à energia solar e à vida.
Assim, o Sol representava muito mais do que um simples fenômeno natural para as antigas civilizações. Ele simbolizava a própria vida, a regeneração e a força eterna do universo, sendo reverenciado com profundo respeito e devoção.
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Qual é a verdadeira cor do Sol?
Em 2020, a sonda Solar Orbiter pôs fim a muitas dúvidas sobre a cor do Sol. As imagens capturadas pela sonda, a uma distância de cerca de 77 milhões de quilômetros (aproximadamente metade da distância entre o Sol e a Terra), revelaram uma aparência claramente amarela que se estende por milhões de quilômetros no espaço.
No entanto, as aparências enganam. Mais tarde, descobrimos que as fotos eram, na verdade, em preto e branco, e os cientistas usaram uma técnica chamada “false color” para destacar detalhes cromáticos que o olho humano não consegue ver.
O Sol emite luz que cobre quase todo o espectro eletromagnético, exceto os raios gama. As temperaturas na superfície solar variam enormemente: no núcleo, atingem cerca de 15 milhões de graus Celsius, enquanto na fotosfera (a camada de 400 km de espessura que forma a superfície visível) as temperaturas chegam a aproximadamente 5.500 graus Celsius.
Para facilitar a classificação das estrelas, os astrônomos utilizam as cores: estrelas vermelhas são as menos quentes, enquanto as estrelas azuis são as mais quentes. Existem também estrelas laranjas e brancas. Classificamos o Sol como uma “anã amarela”, mas, na verdade, sua cor real é branca. Nota importante: o branco é a cor que contém todas as outras cores do arco-íris.
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Mas por que o Sol parece amarelo?
Então, a resposta está na atmosfera da Terra. A atmosfera filtra mais a luz azul do que a luz vermelha, resultando em uma luz que percebemos como amarela.
Esse efeito se torna ainda mais pronunciado durante o amanhecer e o pôr do sol, quando a atmosfera filtra as diferentes cores de forma mais intensa, criando os conhecidos efeitos espetaculares.
Portanto, podemos observar a cor mais próxima da real do Sol ao meio-dia, quando ele se apresenta mais próximo do seu verdadeiro tom branco.
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