A história de amor por trás da música de Celine Dion nas Olimpíadas

Celine Dion, como era esperado, roubou a cena nas Olimpíadas. A famosa cantora canadense foi a principal atração da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. No entanto, muitos estão procurando descobrir qual é a música que Celine Dion interpretou nas Olimpíadas. Os mais velhos talvez conheçam a música “L’Hymne à l’amour”, pois marcou uma era inteira, especialmente na França.
De quem é a música nas Olimpíadas que Celine Dion interpretou
“L’Hymne à l’amour” é uma das músicas mais emblemáticas da música francesa. Édith Piaf, a lendária cantora francesa, interpretou essa música pela primeira vez em 1949. Ela mesma escreveu as letras. Enquanto Marguerite Monnot compôs a música.
As letras da música expressam a total devoção e amor de Piaf por seu amado, o boxeador Marcel Cerdan. A música fala sobre o amor absoluto que supera todos os obstáculos, até mesmo a morte. Além disso, a música “L’Hymne à l’amour” declara que, se o amado estiver por perto, Piaf pode suportar qualquer coisa e não tem medo de nada. No final, como veremos a seguir, a música se mostrou profética.
A verdadeira história de amor atrás da música que Celine Dion interpretou nas Olimpíadas
Essa música não é apenas um grande sucesso. É, acima de tudo, uma declaração de ternura de Édith Piaf ao homem que amava.
Em 1948, a famosa cantora conheceu Marcel Cerdan em um concerto em Nova York, enquanto estava em turnê nos Estados Unidos com Les Compagnons de la Chanson.
Foi amor à primeira vista, e por isso decidiram tornar pública a relação, apesar do fato de o boxeador ser casado e ter dois filhos.
Falando sobre o relacionamento deles, Marcel Cerdan declarou: “Há uma Édith Piaf e eu, um pobre boxeador, sou sortudo por amá-la”.
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O fim de uma história de amor como a música “L’Hymne à l’amour” previu
Dessa relação, Édith se inspirou para compor essa música, que foi dedicada ao grande amor da sua vida.
O amor de Édith Piaf e Marcel Cerdan, contudo, foi infeliz. Em 14 de setembro de 1949, La Môme interpretou “L’Hymne à l’amour” pela primeira vez em frente ao público nova-iorquino no cabaré de Versailles. Em 28 de outubro do mesmo ano, enquanto implorava ao pugilista para segui-la à América do Norte, o avião de Marcel Cerdan caiu nos Açores.
Tragicamente profética, a música também se refere à incapacidade da cantora de superar a perda do homem da sua vida. As letras “car moi je mourrais aussi” (porque eu também morreria) ganham todo o sentido quando, atormentada pela tristeza e pela culpa, Édith Piaf encontrou refúgio na morfina e no álcool.
O trágico fim da cantora
Isso marcou o início de um ciclo lento entre desintoxicação e depressão. O abuso de substâncias e a tristeza acabaram pesando na cantora, que faleceu em 10 de outubro de 1963 em Grasse.
“L’Hymne à l’amour” é uma das músicas francesas mais populares. Traduziram-na para onze idiomas e grandes músicos, como Phil Collins, a interpretaram. Além disso, traduziram-na cinco vezes para o inglês e treze vezes para o japonês.
O cantor japonês Hikaru Utada fez a última versão, lançando-a em 2010 com o título “Ai no Anthem”. Então, a música alcançou a posição número 7 na Billboard Japan Hot 100 e foi usada em um comercial da Pepsi.
A Biografia de Édith Piaf
Édith Piaf foi uma das cantoras francesas mais icônicas e amadas do século XX. Nascida Édith Giovanna Gassion em 19 de dezembro de 1915, em Paris, Piaf teve uma infância difícil, marcada pela pobreza e abandono. Seu pai era um acrobata de rua, e sua mãe, uma cantora de cabaré, a deixou aos cuidados da avó materna.
Piaf começou a cantar nas ruas ainda jovem e foi descoberta pelo proprietário de um cabaré, Louis Leplée, que a ajudou a lançar sua carreira musical. Ela ganhou fama rapidamente com sua voz potente e emotiva, interpretando canções que falavam de amor, perda e sofrimento, temas que ressoavam profundamente com sua própria vida.
Seu apelido “La Môme Piaf” (O Pardalzinho) refletia sua pequena estatura e aparência frágil, mas sua presença no palco era monumental. Entre seus maiores sucessos estão canções como “La Vie en Rose,” “Non, Je Ne Regrette Rien,” e “Hymne à l’Amour.”