Como é feito o colete à prova de balas? Preciso de licença para comprar um?

Todos já vimos em filmes ou na vida real policiais usando um colete à prova de balas, especialmente em situações de alto risco, como transportes de valores. Mas você sabe como eles funcionam e qual a sua história? Hoje, vamos revelar alguns segredos sobre os coletes à prova de balas. Afinal, do que são feitos os coletes à prova de balas? Como eles nos protegem de tiros?
Antes de mais nada, os coletes à prova de balas são feitos de materiais modernos que incluem fibras sintéticas, como o Kevlar, que oferecem proteção eficaz contra tiros. Embora a versão contemporânea desses coletes tenha sido desenvolvida no século XX, a busca por armaduras protetoras remonta a séculos atrás. Desde a antiguidade, a prioridade era proteger o peito dos guerreiros, e o “peitoral de aço” tornou-se uma peça essencial para soldados. Essa evolução dos coletes reflete uma continuidade histórica de esforços para garantir segurança em situações de combate.
Atualmente, militares, policiais, empresas de segurança privada e civis em áreas perigosas usam amplamente esses coletes. A novidade nesse campo continua, com um foco crescente na melhoria do conforto, mobilidade e eficácia dos coletes.
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História do colete à prova de balas
No final do século XIX e início do século XX, foram realizadas tentativas de criar proteção com materiais como seda, mas o maior avanço ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial. Na década de 1960, a empresa DuPont revolucionou o setor com a introdução do Kevlar, um material sintético leve e altamente resistente, capaz de absorver e dissipar a energia de projéteis.
Com o tempo, os coletes à prova de balas evoluíram, incorporando novos materiais e placas de cerâmica para oferecer maior proteção contra ameaças balísticas de alta intensidade. Esses desenvolvimentos garantiram que o equipamento pudesse enfrentar tanto armas de fogo comuns quanto munições de maior potência.

Os coletes à prova de balas na era moderna
Atualmente, os coletes à prova de balas são muito usados por militares, policiais, empresas de segurança privada e civis que atuam em áreas perigosas. A evolução contínua desses equipamentos tem foco na melhoria da mobilidade, conforto e eficiência.
Os coletes não protegem somente contra tiros; eles também podem absorver fragmentos de granadas, proporcionando uma proteção adicional para quem lida com situações de risco.
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Como funciona o Kevlar?
O Kevlar é um material flexível como o algodão, mas cinco vezes mais forte que o aço. Ele é composto por múltiplas camadas cruzadas, que dissipam a energia do impacto das balas, agindo como uma rede que “captura” a bala. Assim, mesmo que a bala não perfure o colete, ela distribui a força do impacto sobre uma área maior do corpo, reduzindo a gravidade do ferimento.
Os capacetes militares também são feitos de Kevlar, proporcionando proteção adicional além do colete.
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Limites de proteção
Apesar de sua eficácia, nenhum colete oferece proteção absoluta. Armas potentes, como rifles de calibre 7,62 mm disparados de perto, podem atravessar o colete. No entanto, ele pode proteger contra tiros de pistola, fragmentos de granada e tiros de espingarda. Embora o uso do colete minimize a chance de lesões fatais, ainda há risco de trauma devido ao impacto, o que torna fundamental escolher o equipamento certo para cada situação de perigo.

A nova revolução nos coletes à prova de balas
Atualmente, pesquisadores estão testando um material inovador chamado “Bioaço”, que promete revolucionar o mercado de coletes. Esse material, ainda em fase experimental, é quatro vezes mais resistente que o Kevlar e imita a estrutura da teia de aranha em termos de força e flexibilidade.
Diferença entre o colete moderno e as armaduras medievais
Ao contrário das armaduras medievais, que evitavam a penetração dos projéteis e desviavam as flechas, os coletes modernos têm como objetivo “prender” a bala. Dessa forma, a bala se deforma ao ser capturada pelas camadas do colete, dissipando a energia ao longo de uma área maior.
De qualquer forma, desejamos que aqueles que usam coletes à prova de balas durante o trabalho nunca precisem deles de verdade!
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Quanto custa um colete à prova de balas básico?
O custo de um colete à prova de balas varia conforme o tipo e o nível de proteção:
Coletes leves (Kevlar ou PE1000) que oferecem proteção contra armas de baixo calibre (como NIJ Nível II ou SK1): 150 a 300 euros. Esses modelos são ideais para uso cotidiano ou disfarçado.
Coletes de nível superior (NIJ Nível IV ou SK4), com placas de cerâmica ou aço, têm preços mais elevados. Cada placa pode custar de 500 a 800 euros, e o equipamento completo pode chegar a 1.000-3.000 euros.
Os fabricantes projetam esses coletes para suportar munição de alta velocidade, mas eles se tornam mais pesados e desconfortáveis para o uso prolongado. A escolha do colete depende das condições de risco e das normas locais.
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É necessário ter licença para comprar um colete à prova de balas?
Por fim, na maioria dos países europeus, as autoridades permitem a compra de coletes à prova de balas sem exigir uma licença especial. Além disso, as autoridades classificam os coletes à prova de balas como equipamentos de proteção passiva. Então, não o veem uma ameaça, ao contrário das armas de fogo. Profissionais e civis que atuam em ambientes perigosos usam esses itens para garantir segurança. No entanto, algumas leis podem impor restrições específicas sobre o uso e o transporte desses coletes, dependendo da finalidade e do contexto.