Não é nenhuma novidade que as temperaturas globais estão enfrentando um aumento significativo. Inclusive, este ano, a onda de calor foi tão intensa na Europa que há relatos de fatalidades desencadeadas por essa situação climática. E o pior, a tendência é apenas que ela piore. Isso porque esse calor é resultado, em grande parte das nossas ações no dia a dia, afinal, se cuidássemos melhor do planeta, talvez não tivéssemos chegado ao ponto que chegamos, certo?  De qualquer forma, com esse aumento da temperatura, e normal que as pessoas procurem meios eficientes para combater o calor. Mas, e se a gente te contasse que há algumas lições que as civilizações antigas têm para no ensinar que eles usavam para manter a casa fria, mesmo no calor, e no clima seco? Ficou curioso(a)? Então, confira logo a seguir!

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Lições das civilizações antigas para manter a casa fria, mesmo no calor

1. Capturando o vento

Antes de mais nada, não poderíamos começar por outra civilização que não fosse a do Egito Antigo. Isso mesmo, ela tinha o seu próprio método de lutar contra o calor. Seus palácios eram feitos de pedra, enquanto as casas comuns eram construídas com tijolos de barro, materiais que ajudavam a manter os interiores frescos. Mas o que realmente se destaca na arquitetura egípcia é o uso do mulqaf, uma técnica engenhosa para capturar o vento. E, o que era ela?

O mulqaf consistia em aberturas altas nas paredes, voltadas para a direção dos ventos predominantes. Então, essas aberturas funcionavam como captadores de vento, direcionando o ar para dentro dos edifícios e promovendo a ventilação natural. Assim, o ar fresco que entrava expulsava o ar quente para fora, criando um ambiente mais confortável. Inclusive, o que é novidade para a gente, não é novidade nenhuma no Oriente Médio e na Ásia Central, já que muitos lugares de lá ainda usam essa técnica.

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2. Construções inteligentes dos Sumérios

Os sumérios também não ficaram para trás. Eles, que habitaram a região que hoje corresponde ao sul do Iraque há cerca de 6.000 anos, sabiam muito bem como lidar com o calor extremo. E, nós também já estamos aprendendo, certo?

Bem, voltando ao que interessa, as cidades mesopotâmicas, como Ur, eram famosas por suas construções com paredes espessas e janelas pequenas, que ajudavam a minimizar a exposição ao calor do sol. Além disso, eles usavam materiais como tijolos de adobe ou barro, que absorviam o calor durante o dia e o liberavam à noite, mantendo os interiores mais frescos.

Outro aspecto interessante da arquitetura suméria era o planejamento urbano. As casas eram construídas muito próximas umas das outras, reduzindo o número de paredes expostas ao sol. Ruas estreitas entre os edifícios proporcionavam sombra ao longo do dia, permitindo que as pessoas se movessem pela cidade de forma mais confortável.

3. Aprendendo a gerir a água com os muçulmanos

Além disso, nas regiões áridas do norte da África e do sul da Espanha, os califados muçulmanos desenvolveram técnicas avançadas de captação e gerenciamento da água da chuva. Em vez de canalizar rapidamente a água da chuva para fora das cidades, como é comum em muitas áreas urbanas modernas, eles projetaram edifícios e paisagens para coletar e armazenar essa água.

Então, eles construíam os telhados e os pátios já pensando nisso. Ou seja, com inclinações que direcionavam a água da chuva para cisternas subterrâneas, onde a armazenavam para uso posterior na irrigação de jardins. Uma economia inteligente, certo? Não só isso! Na verdade, além de resovlerem o problema de fornecimento de água para a região seca, eles também ajudaram a manter o ambiente fresco através da evaporação.

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4. Armazenando água como os Maias e Teotihuacanos

Em muitas cidades da antiga Mesoamérica, como as dos maias e teotihuacanos, o armazenamento de água era uma questão essencial para sobreviver aos períodos de seca. Então, eles construíam cisternas gigantescas para capturar e armazenar a água da chuva, que era coletada através de sistemas de canais e aquedutos. Essas cisternas forneciam água para a população e também ajudavam a moderar a temperatura ambiente ao redor.

5. A influência solar para dos Pueblos

Por fim, se você nunca ouviu falar deles, os Pueblos são povos que viveram no sudoeste dos Estados Unidos. E eles também tinham suas estratégias para lidar com o calor, é claro!

Dessa forma, construíam suas casas de adobe e rocha, materiais que ajudavam a isolar os ambientes. Além disso, utilizavam uma orientação solar estratégica. Uma atitude mais do que inteligente, ainda mais para aquela época! Suas comunidades eram construídas sob penhascos voltados para o sul, garantindo sombra durante o verão e recebendo luz solar direta no inverno.

Assim, essas construções protegidas dos raios solares diretos durante o verão permaneciam frescas. Enquanto no inverno, a luz solar ajudava a aquecer os interiores. Inclusive, ainda hoje se recomenda esse tipo de planejamento na construção de casas em regiões de clima extremo.

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Aprendendo a aplicar as lições das civilizações antigas para manter a casa fria nos dias de hoje

As técnicas desenvolvidas por essas civilizações antigas oferecem lições valiosas para os tempos modernos. Mas, você deve estar se perguntando: como aplicar essas técnicas nos dias de hoje?

Bem, mesmo que hoje dependamos muito do conforto do ar-condicionado e de outras tecnologias, não podemos nos esquecer de que essas soluções exigem grandes quantidades de energia e podem não ser sustentáveis a longo prazo.

Então, a construção de edifícios com paredes espessas, o uso de materiais naturais, a captação de vento e a orientação solar são práticas que podem ser integradas ao design moderno para criar ambientes mais confortáveis e menos dependentes de energia. Afinal, por que não facilitar as nossas vidas e ainda economizar?

Além disso, a gestão eficiente da água, como o armazenamento de água da chuva, pode ser adaptada para ajudar a manter as áreas urbanas frescas, mesmo em climas quentes e secos. Convenhamos que isso não é tão difícil assim de se colocar na prática!

Essas lições das civilizações antigas para manter a casa fria, mesmo no calor, só nos mostram que, ao darmos uma chance ao nosso passado, podemos encontrar soluções sustentáveis e eficazes para os desafios do presente e do futuro.